
O DIU é um tipo de método contraceptivo usado por mulheres que não desejam engravidar. Em formato de T, o dispositivo intrauterino tem um dos menores índices de falha – 99% de eficácia. No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada em 2006, revelaram que o dispositivo era usado por apenas 1,5%. Em contrapartida, ao longo dos anos a preferência pelo DIU tem crescido entre as mulheres. No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre esse método contraceptivo. Além disso, a maioria delas ficam receosas com os possíveis efeitos colaterais, inclusive no ciclo menstrual. Por isso, reunimos todas as informações neste artigo.
Como funciona o DIU no organismo?
A haste do DIU libera substâncias que tornam o útero um local hostil para o espermatozóide, impedindo a fecundação no óvulo. Dessa forma, evita a gravidez indesejada.
A reação do DIU no organismo depende do tipo do dispositivo.
O DIU de Cobre impede o encontro dos espermatozóides com o óvulo, porque o cobre afeta os espermatozoides matando-os ou diminuindo sua movimentação dentro do útero. Ele tem baixo custo e pode ser usado por até 10 anos.
Já o DIU hormonal altera o muco cervical e a cavidade uterina, podendo em alguns casos inibir também a ovulação. Entre as suas vantagens, está a redução ou até mesmo a suspensão da menstruação.
Também existe o DIU de prata. Ele é o menos conhecido e o mais moderno entre os demais. Com formato de “Y”, une prata e cobre em sua composição e produz um efeito que impede a fecundação do espermatozoide no óvulo.
Quem pode usar o DIU?
O DIU pode ser usado por qualquer mulher e sexualmente ativa. No entanto, existem algumas restrições, sobretudo para aquelas que tenham fatores de riscos para doenças inflamatórias pélvicas. Além disso, pacientes com endometriose ou em período pós-menopausa o DIU hormonal é o mais indicado.
Em qual momento usar o DIU?
O DIU é indicado para mulheres que desejam fazer um planejamento familiar e evitar uma gravidez indesejada.
Além disso, o dispositivo é apropriado para mulheres que não desejam ou não podem usar estrogênio. Sem contar que pode ser usado por quem nunca teve filhos.
Ele deve ser recomendado e colocado por um médico ginecologista, que previamente solicitará alguns exames para descartar a presença de alterações anatômicas e de infecções ou problemas na região.
A implantação, considerada simples e indolor, é feita no consultório médico.
O dispositivo pode ser inserido em qualquer momento do ciclo menstrual, desde que o médico tenha certeza de que a paciente não esteja grávida. Apesar disso, é mais comum que ele seja colocado na época da menstruação, período em que o útero fica mais dilatado.
É possível engravidar usando o DIU?
O dispositivo intrauterino possui 99% de sucesso em contracepção. Sendo assim, é muito raro acontecer uma gestação durante o uso do DIU. As chances de engravidar com de Mirena é de 0,2%; 0,6% para o DIU de prata; 0,7% para o DIU de cobre.
O DIU afeta o ciclo menstrual?
Cada tipo de DIU gera uma reação no ciclo menstrual, variando de mulher para mulher.
O DIU de Cobre, por exemplo, aumenta o fluxo menstrual e as cólicas.
Já o DIU hormonal, por liberar hormônios, pode suspender a menstruação definitivamente, em cerca de 80% dos casos. Além disso, aumenta o risco de pequenos sangramentos e provoca um leve aumento de peso.
Enquanto o DIU de prata provoca um fluxo menstrual menor em comparação com o DIU de Cobre isolado porque a prata diminui o risco de oxidação do cobre.
Qualquer alteração fora do comum no fluxo menstrual durante o uso do DIU deve ser avaliada por um médico.
Por fim, o DIU é uma alternativa que possui vantagens e desvantagens. A escolha para o melhor tipo deve ser conversada e avaliada por um médico ginecologista.
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